Uma casa de isopor está sendo construída em um novo condomínio de Araraquara. Essa é a primeira residência na cidade, na versão de poliestireno expandido (eps), que possui em sua composição: alumínio, fibra de vidro e polipropileno.
É uma inovação da construção civil e ainda adotada por poucas pessoas, mas já está no Brasil há dez anos. Na Europa se usa bastante este recurso, principalmente pela questão financeira.
“A gente segue uma norma europeia, pois é bem usual na Europa esse método. A ideia de trazer para o Brasil é, com o tempo, baratear todos esses custos e a gente consegue atender pessoas carentes, que desejam ter uma moradia própria. Paralelo as questões financeiras e as questões de engenharia, tem ainda o conforto térmico e acústico”, explica o engenheiro civil responsável por trazer a nova tecnologia para Araraquara, Gilberto Martins Nunes.
Foi na procura por alguém que apostasse no novo conceito de construção, que o engenheiro conheceu a física médica, Maricy Ramos Martins. Ela foi até a construtora que Nunes trabalha pedindo que erguesse uma casa de 149 metros quadrados no modelo tradicional de alvenaria, porém, conheceu os benefícios do projeto de isopor e resolveu aceitar o desafio.

Custos da obra podem cair até 50% em relação as casas de alvenaria; modelo é comum na Europa
A construção da casa da Maricy teve início no mês de agosto, com previsão de entrega para novembro, deste ano. Caso ela optasse pelo método de construção tradicional teria que esperar pelo menos seis meses pra entrar.
Essa agilidade na obra também chamou a atenção da física médica que hoje está satisfeita com a nova aposta. “A gente abraçou a causa e nós acreditamos que essa seja a construção do futuro. Até o momento estamos achando incrível, porque é tudo muito dinâmico. Do dia para a noite você vê a diferença na obra. Estamos adorando os resultados”, ressalta Maricy.
A questão econômica, que é levada em conta pela maioria das pessoas no momento de escolher o projeto de obra, é bem atrativa. Segundo o engenheiro Gilberto Nunes, com o novo modelo é possível economizar de 10% a 15% no valor de material e até 50% no valor da mão de obra. Uma redução de custo considerável para Maricy.
“Até o momento isso está se cumprindo, lembrando que a obra ainda não está finalizada, mas esta tudo dentro do prazo e o custo beneficio é significativo”, conta.
Segundo o engenheiro, além do isopor, que é da classe F uma espécie que evita a propagação de chama de fogo-, as paredes possuem uma estrutura segura, além da questão da sustentabilidade, com isolamento térmico (cerca de 85% do calor ou do frio) e conforto acústico.
“São placas individuais que vamos montando e no centro das placas, é feita uma parede estrutural. Ou seja, fazemos as formas e preenchemos com concreto e ferragens. O revestimento desse tipo de casa é igual as tradicionais, pode rebocar, colocar azulejo, fica à critério do cliente”, finaliza o engenheiro.
FONTE: CIDADE ON