Na cidade de São Paulo, a reabertura das escolas para atividades de reforço foi proibida pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).
Em entrevista à GloboNews na manhã desta terça-feira (8), o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, disse que prefeitura ainda estuda qual o melhor momento para a reabertura das escolas na capital.
“Nós trabalhamos com a data de 7 de outubro. A Prefeitura de São Paulo vai entender como seguro o retorno as aulas quando tivermos uma redução expressiva do numero de casos na cidade de são paulo, uma redução expressiva do número de óbitos na cidade de São Paulo e, principalmente, uma redução muito forte da taxa de transmissão. Quando estas três informações estiverem convergindo, estiverem com uma tendência inequívoca de queda, aí sim será seguro abrir as escolas na cidade de São Paulo”, afirmou Caetano.
A decisão, conforme já havia informado o prefeito Bruno Covas (PSDB), deve ser anunciada no próximo dia 15, após resultado da nova etapa do inquérito sorológico, mapeamento feito pela prefeitura para tentar identificar quantos alunos da rede pública e privada já tiveram contato com o coronavírus.
Além das escolas municipais, também foi vetado o retorno das aulas nas escolas estaduais e particulares no município com base no resultado de um inquérito sorológico realizado pela prefeitura em alunos da rede municipal. O estudo apontou que o retorno às aulas presenciais, ainda que com restrições, representa uma elevação do risco de contaminação por Covid-19 no município. Covas não descartou a possibilidade de retorno em outubro.
Regras aulas opcionais
A escolas que vão reabrir neste 8 de setembro para atividades opcionais deverão respeitar as seguintes regras:
- receber até 35% da sua capacidade para alunos da Educação Infantil e Fundamental e nos anos iniciais;
- receber até 20% da sua capacidade para alunos do Ensino Médio e anos finais.
- Manter o distanciamento de 1,5 metro entre os estudantes.
- Estabelecer horários de entradas e saídas que serão organizados para evitar aglomeração, e serão preferencialmente fora dos horários de pico do transporte público.
- Intervalos e recreios devem ser feitos sempre em revezamento de turmas com horários alternados.
- As atividades de Educação Física estão permitidas desde que se cumpra o distanciamento de 1,5 metro. Devem ser realizadas, preferencialmente, ao ar livre e cuidando da higienização dos equipamentos.
- É recomendado que o ensino remoto continue em combinação com a volta gradual presencial.
- O uso de máscara é obrigatório para todos dentro da instituição e no transporte escolar.
- A Instituição deve fornecer equipamentos de proteção individual (EPIs) para os funcionários.
- Bebedouro será proibido. Água potável deve ser fornecida de maneira individualizada. Cada um deverá ter seu copo ou caneca.
- Banheiros, lavatórios e vestiários devem ser higienizados antes da abertura, depois do fechamento e a cada três horas.
- Lixo deve ser removido no mínimo três vezes ao dia.
- Superfícies que são tocadas por muitas pessoas devem ser higienizadas a cada turno.
- Ambientes devem ser mantidos ventilados com janelas e portas abertas, evitando toque em maçanetas e fechaduras.
O distanciamento tem exceções, como no caso da educação infantil e creches, em que não há como manter essa distância entre bebês e cuidadores.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação afirmou nesta segunda-feira (7) que adquiriu uma série de insumos destinados tanto aos estudantes quanto aos servidores para as escolas públicas da rede estadual que irão reabrir.
Entre os equipamentos adquiridos, segundo o órgão, estão 12 milhões de máscaras de tecido, 300 mil face shields (protetor facial de acrílico), 10.168 termômetros a laser, 10 mil totens de álcool em gel, 221 mil litros de sabonete líquido, 78 milhões de copos descartáveis, 112 mil litros de álcool em gel e 100 milhões de unidades de papel toalha.
O material, segundo a secretaria, visa garantir a segurança dos alunos e funcionários da rede.