Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, caso a produção da vacina continue nos prazos esperados pelas autoridades de saúde e se confirme como efetiva, as primeiras doses poderão ser produzidas e oferecidas à população ainda neste ano. A expectativa é que, na primeira fase, o Brasil tenha 30,4 milhões de doses da vacina, sendo 15,2 milhões em dezembro e mais 15,2 milhões em janeiro de 2021. Essas doses seriam oferecidas prioritariamente à população de risco. Ou seja, aos idosos, às pessoas com comorbidades, aos profissionais de saúde e aos profissionais de segurança.
Depois disso, seria ampliada a transferência de tecnologia e o Brasil poderia produzir mais 70 milhões de doses da vacina. “A parceria começa com a encomenda, em que o Brasil assume também o risco da pesquisa. Vamos pagar pela tecnologia, mesmo não tendo os resultados necessários clínicos finais. E, em um segundo momento, quando a vacina se mostrar segura, ampliaremos a compra”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.
Ele lembrou que o investimento, mesmo com esse risco de que a vacina não se mostre efetiva no combate à covid-19, se justifica pela necessidade da população e pela alta demanda mundial pela vacina. Mas também porque esta vacina é considerada a “mais promissora do mundo” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pois está no “estado mais avançado de desenvolvimento”. A vacina já passou por testes bem-sucedidos no Reino Unido e agora está sendo testada em países como o Brasil e a África do Sul.
“O acordo coloca o país na liderança e no desenvolvimento da vacina. Nos dará autonomia na produção. E isso significa que o Brasil busca evitar situações como o ocorrido no início da pandemia. Naquele momento, a alta demanda mundial não permitiu que tivéssemos o acesso adequado a insumos. E, detendo a tecnologia, estaremos eliminando também a margem de lucro exorbitante na pandemia”, afirmou Costa. Segundo a Saúde, cada dose deve custar US$ 2,30.