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Restrição de funcionamento agrava crise no setor de alimentação em Araraquara

O setor de bares e restaurantes é um dos que mais está sofrendo com o fechamento imposto pela pandemia do coronavírus. Em Araraquara, o setor não pode atender presencialmente desde janeiro, o que tem acarretado prejuízo e até o fechamento de algumas empresas.

“Temos várias casas fechando em Araraquara, tem quem divulgou que fechou e quem fechou e não falou nada. Quem tem bala na agulha, que não paga aluguel, por exemplo, pode até segurar e lá na frente abrir, mas tem várias casas que estão fechadas ou a ponto de fechar”, diz Willian Jorge Molina Gil, presidente do Sindicato dos Hotéis Bares e Restaurantes de Araraquara (Sinhores).

Sem ajuda efetiva do governo – seja municipal, estadual ou federal – as empresas têm dificuldade para manter os funcionários e seguir em funcionamento. “Luz, água, nada de ajuda. Os impostos devem ser pagos em dia, então é muito complicado. Geramos emprego, estamos pagando e não temos apoio, isso que é complicado”, diz Molina Gil.

Ele próprio diz que o seu restaurante, um dos mais tradicionais da cidade está fechado há dois meses. “Fizemos as contas e na atual circunstância não compensa vender marmitas e trabalhar com entrega, então estamos fechados sim. Temos hoje 27 funcionários, que estão parados três meses. Quem aguenta isso? Estamos sem forças para continuar. Mas tenho fé, fé que vamos sair desta”, diz Molina Gil.

DELIVERY 
Neste tempo sem poder atender presencialmente, o setor ficou 15 dias em completo lockdown, onde não podia nem atender delivery e depois retornou. Hoje, em Araraquara as entregas são permitas, mas para muitos elas não ajudam a cobrir o ‘rombo’ no faturamento.

Um dono de lanchonete, que preferiu não se identificar, diz que as vendas delivery não somam 5% do faturamento da sua empresa, com duas unidades em Araraquara. “A situação está desesperadora, tivemos que demitir funcionários e são famílias que hoje estão passando necessidade. Estamos em uma situação muito complicada, sem suporte, sem saída”, diz ele.

CHOQUE
Outro restaurante tradicional de Araraquara, o Ponto Grill, colocou uma placa de vende-se na fachada. O proprietário afirma que segue trabalhando com delivery, mas a medida é uma consequência da crise econômica causada pelas restrições impostas pela pandemia.

“Já demitimos funcionários, estamos injetando dinheiro na empresa há mais de uma ano, mas não sabemos até quando isso vai seguir. Tivemos que tomar esta decisão antes que coisa pior ainda aconteça”, relata o empresário Marcos Cesar Zaehler, do Ponto Grill.

Ele diz que o prédio está sendo negociado e que tem fé que vai conseguir reerguer a empresa. “Se tudo der certo, o Ponto Grill tem chance de continuar”.

SOCORRO
O setor de bares e restaurantes pede socorro, resume José Carlos Cardozo, diretor do Sinhores e também dono de uma lanchonete.

“O nosso setor está sendo um dos mais prejudicados, pois estamos mais de um ano sem poder atender os clientes normalmente. Foram exigidas todas as prevenções, como álcool gel, termômetro, distanciamento das mesas, mas nada disso adiantou. Passamos por horário reduzido a fechamento total”, diz ele.

Estes últimos dois meses, para Cardozo tem sido muito complicado e ele prevê que mais empresas vão fechar, porque simplesmente não conseguem se manter. “Temos funcionários, fornecedores, alimentos que estragaram. Todo o prejuízo sai do nosso bolso”, diz ele.

“Não estamos tendo nenhuma tolerância com as despesas de energia, água, impostos, juros altos em bancos. Enfim alguns estabelecimentos infelizmente iram fechar como muitos já estão fechados e não deveram abrir novamente”, finaliza.

FONTE: A CIDADE ON

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