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No portal da transparência da Caixa Econômica Federal é possível constatar o saque do auxílio em abril. Na página, Mirian aparece como “extra cadun”, nomenclatura utilizada para quem não é beneficiário do Cadastro Único do Governo Federal.
O saque contraria as regras do programa, já que Mirian é funcionária pública e não teria direito a receber o auxílio emergencial.Casada e mãe de duas crianças, a renda percapta da família, de R$625, também ultrapassa o valor definido pelo Governo Federal, que é de R$ 522,50.
Por meio de nota, Mirian Dayse Pano disse que se arrependeu da atitude e que o saque foi feito no momento em que o marido estava desempregado.
“Meu esposo desempregado há diversos meses não conseguiu ser incluído [no programa], foi feito o cadastro em meu nome, não sabendo à época que ocorreria num erro”, diz em nota.
“Evidentemente que meu pai, não foi comunicado desta atitude, mesmo porque de pronto teria me orientado que não deveria ser feito, então ele não tem nada com essa situação”, [sic] completa.
A servidora se comprometeu ainda a devolver ao governo a quantia recebida. “Ficando a lição de que devemos analisar melhor as coisas antes de fazer, ainda que pareçam boas e necessárias para subsistência”, finaliza.
O prefeito de Américo Brasiliense Dirceu Brás Pano também se manifestou sobre o assunto. Disse que a atitude da filha não tem relação com a administração pública municipal e que ela deve arcar com as consequências.
Em nota, disse que “as atitudes por ela [Mirian Dayse Pano] tomadas, não tiveram o seu conhecimento e muito menos aval”.
A nota prossegue dizendo que “o prefeito, não compactua com erros, quer eles sejam de qualquer pessoa, ainda
que venham da família, e neste caso, vai incisivamente orientá-la a fazer a devida restituição”, completa.
